Ao falecer, em junho de 2010, José Saramago havia deixado um último projeto inconcluso em seu computador. Sob o título de Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas — um trecho retirado da obra Exortação da guerra, de Gil Vicente —, o prêmio Nobel português criava a história de Artur Paz Semedo, um homem comum que trabalha na fábrica de armas Produções Belona S.A.Paz Semedo é o funcionário exemplar que nunca questionou as ordens de seus superiores ou se angustiou com a finalidade dos artigos fabricados na empresa. Pelo contrário, sentia mesmo certo orgulho do renome da firma e ambicionava dirigir a área de armamentos pesados. Porém, sua mulher, Felícia, uma pacifista radical a ponto de alterar o seu primeiro nome, deixou-o por não suportar mais conviver com o ofício do marido. Há sinais por toda parte de que ele já não viverá com uma consciência tão tranquila.Nesta breve narrativa já se pode sentir toda a força e beleza típicas da obra de Saramago, que sem dúvida gestava ali um romance notável sobre a condição humana e a banalidade da violência. A presente edição póstuma traz ainda ensaios iluminadores de Fernando Gómez Aguilera, Roberto Saviano e Luiz Eduardo Soares – que prestam aqui uma espécie de homenagem a Saramago ao comentar as derradeiras páginas de um dos maiores autores da língua portuguesa.SOBRE ALABARDAS, ALABARDAS, ESPINGARDAS, ESPINGARDAS:“O derradeiro alento narrativo de José Saramago pretendia inscrever-se nesse espaço delimitado por pensamento e ética: um romance de ideias com um forte componente de reivindicação ética, um revulsivo de filosofia moral para a consciência de seus leitores, tomando como argumento o complexo e áspero mundo da produção e do uso das armas.” — DO TEXTO DE FERNANDO GÓMEZ AGUILERA“Estas novas páginas de Saramago são um criptograma do murmúrio contínuo das revelações misteriosas que recebemos. Como um manual de tradução de sons, percepções e indignações. A história de Artur Paz Semedo é uma revelação para o leitor mais distraído, a leitora mais atenta, o estudioso mais rigoroso, o filólogo mais cético. É uma orquestra de revelações.” — DO TEXTO DE ROBERTO SAVIANO“Em Alabardas, Alabardas, eis o autor diante de nós, imprescindível, evocando, involuntariamente, sua falta por meio do narrador que se esquiva, mas acena e promete, e de novo põe-se a retirar-se, estendendo ainda um pouco o fio de voz, numa emocionante e hipnótica coreografia em espiral, até o abismo.” — DO TEXTO DE LUIZ EDUARDO SOARES
Paz Semedo é o funcionário exemplar que nunca questionou as ordens de seus superiores ou se angustiou com a finalidade dos artigos fabricados na empresa.
TVI24 - Vídeos e últimas notícias de Sociedade. «Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas» será «mais uma forma de repúdio à violência», explica Pilar Del Río
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